A Tarifa Branca da energia entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2018 e pode trazer redução significativa na conta de luz dos consumidores atendidos em baixa tensão, mas apenas para aqueles que concentrarem o consumo fora do horário de ponta, que é das 18 às 21 horas. Ou seja, comércios, prestadores de serviços e profissionais liberais serão os maiores beneficiados.
“Consumidor tem que analisar fortemente o seu consumo. Só vai ser eficiente e econômico para o consumidor se ele não utilizar energia no horário de pico. O nosso horário de pico é entre as 17h30 às 21h30”, explica Rosimeire Cecília da Costa, presidente do Concen (Conselho dos Consumidores da Área de Concessão da Energisa MS). “Para quem fecha o estabelecimento às 17h30, ou 18 horas, é importante porque vai pagar a tarifa que está homologada ou a que for advinda da revisão”, completa.
De acordo com informações da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), a Tarifa Branca, que é opcional, tem valores diferenciados em função da hora e do dia da semana. O consumo fora do uso do período de ponta (aquele com maior demanda de energia na área de concessão), resulta em diminuição significativa neste horário e no intermediário. A opção pela Tarifa Branca reduz o valor pago pela energia consumida.
O valor da tarifa no horário de ponta será 5 vezes mais caro em relação a tarifa cobrada da energia consumida fora deste período. Já no horário intermediário, que é das 17 às 18h e das 21 às 22h a tarifa é 3 vezes maior.
Rosimeire é criteriosa quanto a adoção da tarifa por consumidores residenciais. “A família que quiser optar, deverá ter hábitos diferenciados, porque só vai poder tomar banho e ligar o ar condicionado depois das 22 horas. Chuveiro e ar condicionado são os que puxam mais a carga de energia. A energia mais em conta é a partir das 22 horas até o outro dia até as 17”, detalha.
Antes de aderir à Tarifa Branca, os consumidores precisam analisar seu consumo, pois pela nova forma de cobrança, se os mesmos hábitos permanecerem, a conta poderá vir ainda mais cara. Num primeiro momento, quem pode aderir são consumidores que consomem acima de 500 kWh.
Segundo Rosimeire, a partir de 2019 poderão optar aqueles que consomem até 250 kWh e em 2020 qualquer consumidor poderá aderir. Entretanto, novas ligações poderão solicitar a Tarifa Branca à concessionária independente de quanto venha a ser o consumo.
Quem optar pela Tarifa Branca, precisará instalar um medidor específico que custa, em média, 50% a mais que o medidor padrão. Consumidores que tiverem optado pelo novo formato, poderão pedir a reversão.
Fonte: Midiamax