A cobrança de juros nas compras parceladas pelos lojistas no cartão de crédito pode inibir o consumo em um período delicado, ainda na chamada zona negativa, alerta o presidente do Sistema Comércio e do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Edison Araújo. A proposta sob análise no Banco Central é da Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), que propõe uma taxa de 3% ao mês.
“É um retrocesso e desestímulo ao comércio, em um cenário em que os lojistas já sofrem com as vendas arrefecidas. Uma medida como essa inibiria o consumo que está na zona negativa e impacta nas expectativas dos empresários e também dos consumidores que ficam mais contidos em gastos”, diz Edison Araújo.
Além disso, entidades de todo o País vêm se posicionando na defesa da liberdade do comerciante para negociação e formação de preços, sem contar que a eventual adoção dos juros nas compras parceladas no cartão poderiam implicar no aumento da inadimplência, uso de cheques pré-datados, que há décadas vêm sendo substituídos pela moeda virtual.
De acordo com a Associação Brasileira de Internet (Abranet), as vendas parceladas sem juros representam mais de 50% das vendas com cartão, totalizando R$ 400 bilhões .
Fonte: IPF-MS