Entre 23 e 25 de maio, Bonito-MS foi sede das principais discussões atinentes aos Sindicatos Empresariais do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, durante o 34º CNSE – Congresso Nacional de Sindicatos Empresariais. Foram dias de intensos debates, painéis, palestras e, principalmente, troca de experiências entre mais de 700 congressistas de todo o País. O evento levou 1,2 mil pessoas a Bonito, somando também acompanhantes, expositores e a equipe de organização e fornecedores, movimentando toda a economia da cidade.
O 34º CNSE foi realizado pelo Sindivarejo Campo Grande, com apoio da CNC, Sesc MS, Senac MS e patrocínio do Sebrae e Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. “Estamos muito satisfeitos com os resultados do CNSE, nos sentimos honrados em sediar um evento de tamanha importância. Em um momento crucial em que as entidades precisam se reinventar, o conhecimento é insumo indispensável e aqui pudemos adquirir novos conhecimentos e compartilhar experiências”, avalia o presidente do Sindivarejo-CG e do Sistema Fecomércio-MS, Edison Araújo.
Durante o primeiro dia, os grupos de trabalho dos gestores de comunicação, executivos e assessores jurídicos discutiram temas relevantes para a atuação sindical no País. Entre os trabalhos apresentados, a busca por novas fontes e recursos financeiros dos sindicatos patronais pós reforma trabalhista e as alterações dos contratos de trabalhos frente às mudanças legislativas.
A abertura ocorreu na noite de 23, contou com a presença de representantes do Sistema Comércio, dentre eles o diretor nacional do Sesc, Carlos Artexes Simões, o vice-presidente da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), Adelmir Santana. O governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, lembrou que “um Congresso como este é um momento de busca de soluções. Precisamos de unidade e aqui vemos comerciantes de todo o País que têm força”.
Edison Araújo destacou: “Podemos ser fortes, alinhados a um discurso de cooperação. Nossas condutas e estratégias para a sustentabilidade dos sindicatos nos farão fortes frente aos desafios que virão”.
A cerimônia contou com uma apresentação cultural intensa proporcionou aos participantes uma imersão à culturas e povos, falando sobre as raízes históricas daqueles que contribuíram para a formação do Mato Grosso do Sul.
As recentes mudanças na reforma trabalhista, com as alterações na arrecadação da contribuição sindical e os impactos para os sindicatos empresariais, foram os principais temas discutidos durante o segundo dia de trabalhos do CNSE. Empresários, técnicos e representantes sindicais abordaram o fim da contribuição obrigatória e o reflexo na arrecadação, o que leva as entidades a trabalhar de forma cada vez mais eficaz as convenções coletivas, que são o principal produto dos sindicatos. A sobrevivência no atual cenário passa por um trabalho intensivo de conscientização empresarial.
Os participantes também receberam uma injeção de ânimo com a palestra do escritor José Luiz Tejon Megido. Referência nas áreas de gestão de vendas, marketing, liderança e superação humana, ele iniciou com um alerta: “O poder do incômodo é o poder que nos movimenta”. Entre uma apresentação de vídeo e outra, muitas analogias a situações aplicáveis aos sindicatos para uma reflexão sobre processos. Falando de assuntos sérios de forma bem humorada, o palestrante envolveu o público. Dentre os tópicos em evidência, as novas demandas para liderar num mundo de mudanças.
No último dia de Congresso, o painel apresentou eixos da reforma trabalhista e questões que precisam ser focadas a partir da nova realidade, em especial o conceito de representatividade. O ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), Douglas Alencar Rodrigues, encerrou a programação técnica do 34º CNSE com a palestra magna “Aspectos Constitucionais da Reforma Trabalhista”. O ministro ressalta que no atual cenário, a negociação coletiva e o papel do sindicato foram lançados em um lugar central.
O CNSE movimentou o setor de comércio de Bonito em um mês de baixa temporada. “Na verdade, foi uma semana de alta temporada para o comércio local em um mês de pouco movimento. Para um município que tem 60% dos empregos formais vinculados ao turismo, os eventos são uma forma saudável dos empresários manterem, efetivamente, seus quadros de funcionários”, explica o presidente do Convention Bureau, Rodrigo Coinete. Durante a semana do evento, foram registradas seis mil pernoites, em mais de 30 hotéis, além de 4.500 visitações nos atrativos turísticos. “A cidade efetivamente respirou o Congresso”, diz Rodrigo.
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