Os números da Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apontam um otimismo por parte do consumidor campo-grandense neste início de ano, o que deve influenciar positivamente a economia durante as comemorações do Carnaval deste ano. A tendência de consumo, neste período de festas, é de aumento nos gastos com alimentos e bebidas, além dos custos com viagens, tanto regionais quanto em território nacional.
Para a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS), Daniela Dias, a intenção de consumo das famílias chegou à zona positiva em janeiro deste ano e apresentou um aumento de 16,61% em relação a janeiro de 2018. “Esse aumento é muito expressivo e sinaliza que as expectativas da recuperação da economia, a segurança do emprego e as expectativas do consumo também melhoraram no período e, é com base nessas expectativas, que se ocorre a demanda, que é a compra efetiva. Essa intenção também movimenta o quesito lazer e, aí, entra o Carnaval”, afirma.
Diante deste comportamento e frete aos resultados dos últimos dois anos, há uma expectativa de crescimento na movimentação da economia neste período em Campo Grande. Em 2018, segundo levantamento do IPF-MS e da Sectur, o montante gasto foi de R$ 40 milhões. Neste ano, a estimativa é de um aumento de 5% sobre esse percentual, chegando perto dos R$ 42 milhões.
Também com base na tendência de consumo dos dois últimos anos, há uma estimativa de que 25% dos foliões gastem com adereços e fantasias para o Carnaval. Desses, 15% deverão ser participantes efetivos, com gastos mais expressivos.
Daniela Dias aponta ainda que os desafios para o Carnaval na Capital continuam os mesmos dos anos anteriores: mais opções de atrações culturais e uma melhor infraestrutura para os foliões, como limpeza, segurança e organização dos eventos. “De certa forma, 2018 foi bem avaliado para pelos foliões, conforme os resultados apontados pela pesquisa, já para 2019, os desafios se voltam para a necessidade de conciliar a folia do carnaval com o estilo de vida dos campo-grandenses, com opções culturais variadas e diversificadas”, afirma Daniela.
Fonte: IPF-MS