Há três anos, Gabriela Alves e Luciana Lobato enxergaram no carnaval uma oportunidade para empreender. “Eu e minhas amigas queríamos produtos com a temática feminista e não encontrávamos no mercado alternativas legais, de que nós gostássemos”, relembra Gabriela.
Ela e Luciana são designers e as responsáveis pelas ilustrações e frases que estampam as tatuagens. Na coleção do carnaval de 2019, serão lançados mais 13 desenhos, totalizando 45 tatuagens para os foliões escolherem e de divertirem.
O sucesso é tamanho, que parte da nova coleção já esgotou, mas as empreendedoras já aguardam um novo lote para atender a clientela e estampar o carnaval.
O caso da Conspiração Libertina está em sintonia com o cenário do país que, apesar da crise econômica, viu empreendimentos relacionados às festas populares, em especial o carnaval, registrarem nos últimos sete anos (2011 a 2018) um aumento de 312% do número de microempreendedores individuais (MEI), nos principais palcos da festa: Recife, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.
Serviços como atividades de tratamento de beleza, serviços ambulantes de alimentação e confecção de peças do vestuário (exceto roupas íntimas e as confeccionadas sob medida), se destacaram em 2018 totalizando, respectivamente, 28.698, 25.586 e 14.839 MEIs nas quatro capitais.
De acordo com Maíra Fontenele Santana, analista do Sebrae Nacional, a folia é um período muito esperado e tem um forte apelo econômico. Assim, é fundamental que o empreendedor esteja atento para lucrar com a data e fazer com que o momento da compra seja uma experiência positiva.
“Cada território poderá ter mais ou menos impacto a partir do investimento realizado na data, mas o retorno é certo. Em pesquisas realizadas em algumas cidades, festas como a virada do ano, natal e carnaval podem gerar cinco vezes o retorno investido.”
Fonte: Revista PEGN