A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) aponta que neste mês de março o índice de famílias que informam ter dívidas como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, prestações de carro e seguros passou de 59,3% em fevereiro para 62,7% em março.
Já os indicadores de inadimplência estão maiores. Neste mês, 34,2% disseram que têm contas em atraso, contra 32,7% e o índice dos que disseram que não terão condições de pagar as contas passou de 11,7% a 12,9%, o maior desde fevereiro do ano passado.
“São números que acedem um alerta, diante dos impactos econômicos que temos percebido com o recrudescimento da pandemia”, observa a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF-MS), Daniela Dias.
Os dados acompanham o que aconteceu em âmbito nacional. O percentual de famílias endividadas no Brasil alcançou 67,3% do total em março deste ano, uma alta de 0,6 ponto percentual em relação ao mês anterior e de 1,1 ponto em comparação a março de 2020.
De acordo com a CNC, o aumento do endividamento mês a mês, apesar de não ser vertiginoso, vai ao encontro do que os economistas têm alertado para o período de fechamento de comércios e serviços e impactos no mercado de trabalho.
Confira a PEIC na íntegra: PEIC-março-2021