O Índice de Pesquisa de Confiança das Famílias (ICF) voltou à zona negativa, com 98,8 pontos em março, mostra a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC), igualando-se aos indicadores do último trimestre do ano passado.
Em fevereiro deste ano, o índice estava em 100,6. Apesar da queda, o ICF de março é superior, se comparado ao mesmo mês de 2022, quando estava 97,7.
“Dificuldade de acesso ao crédito está levando o consumidor a consumir menos e essa percepção ocorreu entre quem recebe mais de 10 salários mínimos, conforme a pesquisa”, explica o presidente do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS, Edison Araújo. “É importante ressaltar que a ICF é um indicador dos consumidores sobre aspectos importantes da condição de vida de sua família, dando condições de projetarmos como será o comportamento para os próximos meses”, pondera. Entre os indicadores, estão a capacidade de consumo, o nível de renda doméstico, segurança no emprego, qualidade de consumo presente e futuro.
A economista do IPF MS, Regiane Dede de Oliveira, conta que os indicadores como momento para duráveis, nível de consumo atual e perspectiva de consumo foram os que mais ´puxaram´ o índice este mês. “Eles ficaram entre -10,4, -3 e -2,9 pontos – respectivamente, mostrando que as famílias estão cautelosas, passado o momento de festas e também do pagamento das contas tradicionais que todos temos no início do ano, apesar do indicador “situação atual do emprego” estar muito positivo, com 50,3% se sentindo mais seguro que ano passado e, 22,6 % dizendo que sentem-se igual à 2022”, pondera a economista.
A pesquisa completa pode ser conferida aqui: ICF MARÇO 23