Convidado ao auditório E-Commerce Brasil, no Congresso Digitalização do Varejo, Thiago Barroso, senior business executive do Google, traz o poder da inteligência artificial para transformar e facilitar as tarefas dos empreendedores e dos negócios digitais.
Com uma jornada que começou em 1998 – ano de criação do simples indexador de páginas, hoje chamado de Google – o executivo contou sobre os diferentes produtos que a inteligência artificial já está presente e auxiliando os negócios. A presença da tecnologia nem sempre é percebida por nós, alguns exemplos do dia a dia são como Google Maps (2005), função street view (2007), cloud para empresas B2B (2008), Waze (2013), Google IA First (2016) e Google Immersive View (2023). Porém, 2024 marca um ponto de inflexão; há mudanças de comportamento por parte dos consumidores e as empresas devem estar atentas. “Grandes potenciais trazem novas oportunidades”, declara o executivo.
Jornada do consumidor – A complexidade da jornada do consumidor não é mais um segredo. Com um aumento de canais, formatos e dispositivos utilizados pelos clientes para buscar informações, cada vez mais, é impossível gerenciar tudo sem auxílio.
“A jornada do consumidor não é mais linear, ela começa muito antes”, reitera Barroso.
Diariamente, 15% das pesquisas feitas são novas, ou seja, são feitas pela primeira vez. Além disso, o palestrante declara que a maneira como as pessoas buscam está indo além dos tradicionais campos de pesquisa. Um exemplo mencionado é o Google Lens, que já conta com mais de 12 bilhões de pesquisas por mês. E, outro ponto que vale considerar, no novo desenho da jornada do consumidor, é que os usuários já utilizam mais de 5 fontes online para pesquisarem sobre o produto antes da compra. Aproximadamente 66% dos clientes buscam por experiências personalizadas; porém, 50% trocariam sua marca favorita por outra que oferecesse mais privacidade.
Redefinição do varejo – O grande questionamento é o que fazer daqui para frente. O varejo precisa se redefinir ao mesmo tempo que mantém o crescimento e cumpre metas de lucros. Para o executivo, há dois pontos essenciais: “o que funcionou lá atrás, pode não funcionar daqui para frente” e “o varejo vai precisar fazer mais com menos”.
Segundo Barroso, a tecnologia vai ser capaz de acompanhar os negócios. No mercado brasileiro, 46% dos consumidores já usaram Gen IA no último ano. “O foco é fazer a inteligência artificial ser útil para todo mundo, porém com responsabilidade e ética”.
O executivo ainda recomenda que as empresas coloquem a IA para trabalhar em benefício delas, usem novos prompts de segmentações – ao invés de “venda meu produto para mulheres de 18 a 25 procurando tênis para correr” a nova realidade deve ser “venda meu produto, com lucro, para quem estiver interessado nele” – e, por fim, as vendas precisam estar em múltiplos canais.
Fechando sua fala, Thiago reforça: “a inteligência artificial não é o piloto, ela deve ser o co-piloto dos negócios”.
Fonte: E-commerceBR
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