Índice de confiança dos donos de pequenos negócios atinge maior nível desde 2022

Índice de confiança dos donos de pequenos negócios atinge maior nível desde 2022

Em julho, o nível de otimismo dos donos de pequenos negócios subiu em todos os setores – Comércio, Serviços e Indústria da Transformação. Com alta média de 1,7 ponto e puxado principalmente pelo setor industrial, o Índice de Confiança das Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) atingiu 94,3 pontos, sendo o maior resultado registrado desde outubro de 2022. O IC-MPE ultrapassou, inclusive, o Índice de Confiança Geral (IC-Geral), que avançou em 1,2 ponto no sétimo mês do ano.

Na análise por região, o Sul se destacou por apresentar forte recuperação, em especial no Comércio (+4,2 pontos) e Serviços (+4,1 pontos). A Sondagem Econômica é realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O IC-MPE é calculado por meio da soma do Índice de Situação Atual ao Índice de Expectativas apurados nos principais setores da economia.

Economia é comportamento. E este comportamento revela o momento de otimismo que vive o nosso país. O governo Lula e do Vice Geraldo Alckmin revela um comportamento em que o Brasil, só no ano passado, foi o segundo país a receber mais investimentos internacionais. Este ano, já chegamos a menor taxa de desemprego dos últimos dez anos, de 6,9%. Ao mesmo tempo em que o Brasil cresce está gerando processo de inclusão, o que faz aquecer a economia do país. Estamos pulverizando a economia. Nesta forma, este índice mostra a maior força é na indústria da transformação, onde os pequenos negócios possuem uma capilaridade muito expressiva.

Décio Lima, presidente do Sebrae

Segundo Décio Lima, o índice de confiança retrata também avanços gerados pelo Brasil Mais Produtivo. “O resultado do índice se deve ao comportamento do povo brasileiro, não só ao Brasil Mais Produtivo, mas a retomada de programas que vêm fazendo a efetiva distribuição da riqueza do nosso país, como programas que têm acelerado a indústria, mas também que têm trazido a alavancagem de outros setores, como o Minha Casa, Minha Vida, na construção civil, enfim, um conjunto de ações de um governo com este conceito mostra claramente que ele é um marco regulatório na vida do povo brasileiro e na inclusão”, acrescenta.

Indústria puxa alta

Na média do país, a Indústria de Transformação lidera a recuperação do IC-MPE que teve aumento de 2,1 pontos, alcançando 101,1 pontos. A melhora da confiança observada no setor ocorreu, principalmente, devido ao avanço dos indicadores de demanda interna prevista e tendência dos negócios. Entre os segmentos que contribuíram positivamente destacaram-se vestuário, alimentos, refinos e produtos químicos, metalurgia e produtos de metal.

No entanto, em relação ao acesso a crédito, a proporção de empresas do setor que percebe o grau de exigência para concessão ou renovação de empréstimos bancários como alto teve aumento em relação ao mês anterior – de 15,9% para 22,6%. Quanto à empregabilidade, a previsão de que o emprego será maior na Indústria avançou 2,2 pontos em julho.

Serviços

No setor de Serviços, o índice subiu 1,8 ponto, alcançando 94,7 pontos, principalmente devido à alta no indicador de volume de demanda atual. Em relação ao acesso a crédito, o resultado é o inverso do que o obtido na indústria e a proporção de micro e pequenas empresas de Serviço que consideram que está fácil obter crédito avançou em relação ao mês passado. Com relação aos empregos previstos, a parcela de MPE do setor que acredita que o número de pessoas empregadas aumentará avançou 4,2 pontos.

Comércio

No setor do Comércio, a melhoria da confiança foi motivada pela alta da demanda atual e a tendência de negócios. A alta foi de 1,2 ponto no mesmo período, com alcance de 87,9 pontos. Entre os segmentos que contribuíram positivamente estão o de material de construção, veículos, motos e peças.

A obtenção de empréstimo também é um desafio para os empreendedores desse setor ouvidos pela pesquisa. A proporção de donos de pequenos negócios do Comércio que considera que está difícil obter crédito aumentou 1,7 ponto, chegando a 12,5% – o maior nível mensurado neste ano. Já a parcela das MPE do setor que acredita que as contratações vão aumentar teve avanço tímido de 0,7 ponto.

Fonte: Agência Sebrae

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