O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS (IPF-MS) ouviu os empresários do comércio da Rua 14 de Julho que serão impactados com a revitalização do centro da cidade durante realização do projeto Reviva Campo Grande. A pesquisa, divulgada nessa segunda-feira (18) durante posse do Conselho da Comissão de Acompanhamento das Obras do Projeto, traça o perfil das empresas e a expectativa sobre o andamento das obras. O executivo do Sindivarejo Campo Grande, Sebastião Conceição, representa uma das 29 instituições que integra a Comissão. A economista do IPF, Daniela Dias, juntamente com a gerente de Relações Institucionais da Fecomércio MS, Tatiana Maarchar, também representam entidades que compõem a Comissão.
Para a maioria dos comerciantes (31,82%), a revitalização da principal via comercial do centro da cidade vai ajudar a atrair mais clientes, seguido pelo aumento das vendas (20,45%) e modernização (21,59).
Entre os aspectos negativos, os comerciantes apontam os ruídos e entulhos (21,01%) como principais problemas. A pesquisa foi realizada no mês de março e ouviu 67 dos 195 comerciantes da região. A maioria é composta por microempresários (51,56%), possuem imóveis alugados (87,50%) e contam com até cinco funcionários (44,26%). Entre as principais dúvidas dos comerciantes, o cronograma de obras (32,61%) e o projeto do estacionamento (21,74%).
A primeira fase do projeto vai contemplar o trecho da Rua 14 de Julho, entre as Avenidas Mato Grosso e Fernando Corrêa da Costa. A obra deve levar cerca de 20 meses para ser concluída e a etapa vai custar cerca de R$ 50 milhões.
Em relação às vagas de estacionamento na área central, a maioria dos entrevistados acredita que a criação de vagas verticais não vai resolver o problema (62,5%), mas avalia como positiva a iniciativa (63,64%).
A pesquisa foi realizada em parceria com o Sindivarejo Campo Grande, CDL e Prefeitura de Campo Grande. “É um projeto muito aguardado por todos nós do setor do comércio e, por isso, somos parceiros do Reviva. Vamos acompanhar cada etapa das obras, para que as reinvindicações e interesses dos empresários sejam levados em consideração”, afirma o presidente do Sistema Comércio MS, Edison Araújo.
O projeto – O projeto pretende transformar a 14 de Julho (da Afonso Pena a Cândido Mariano), rua mais tradicional da cidade, em um shopping a céu aberto. O calçadão terá áreas de convivência implantadas em baias; arborização; bicicletários e conexão via internet.
A calçada será ampliada para em alguns pontos ter 6,5 metros de largura (hoje tem 3 metros). Com o estacionamento proibido neste trecho, ao invés de três, serão duas faixas para o tráfego de veículo e o asfalto tradicional com CBUQ será substituído por pisos intertravados (o mesmo a ser usado nas calçadas). Com o meio-fio rebaixado, a pista será praticamente no mesmo nível da rua.
Cada quadra será interditada para tráfego de veículos por 38 dias, ficando assim calçadas livres para os pedestres e a rua toda cercada com tapumes.