O Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio (IPF MS) e Sebrae, em parceria com outras Instituições do Setor Produtivo (SENAC, SESC, Sindivarejo Campo Grande, CDL, FCDL, ACICG, AMAS, SINDSUPER, ABRASEL, equipe e apoio do Vereador Dr. Sandro Benites) atualizaram as intenções de compras e comemorações para o período da Páscoa em Campo Grande. Em novo levantamento, as projeções de movimentação financeira com a data caíram 32% em relação à estimativa inicial. O valor que antes era de R$53,27 milhões passou a ser de R$36,42 milhões nesta segunda sondagem. Essa revisão foi necessária em função das alterações mais recentes de cenário, diante de medidas restritivas e da suspensão dos atendimentos presenciais do comércio no enfrentamento à covid-19.
“Acreditamos que a queda se deve a um conjunto de fatores, mas principalmente às expectativas da população que estão impactadas negativamente, a depender da situação econômica e social, bem como dos mecanismos de enfrentamento à pandemia do coronavírus”, afirma a economista do IPF, Daniela Dias. “Esse cenário contribuiu para maiores incertezas acerca do medo de contágio e dos reflexos sobre a empregabilidade e negócios”.
A revisão da pesquisa ocorreu por causa do decreto municipal voltado à antecipação de feriados e do decreto estadual que estabelece o fechamento do comércio até o dia 04 de abril, bem como a restrição de horário até 20h de segunda a sexta-feira e até às 16h, no sábado e domingo para os segmentos considerados essenciais.
“Voltamos ao momento de incertezas e instabilidade em relação às compras de Páscoa e Semana Santa e nossa primeira dica é que os empresários tomem bastante cuidado com as regras de biossegurança. Sabemos que o consumidor tem tendência de ir às compras no último momento, então é preciso cuidado para evitar aglomerações e oferecer opções como entrega rápida ou grátis e facilidades para compras a distância”, diz a analista-técnica do Sebrae MS, Vanessa Schmidt, lembrando que o apelo emocional é um aspecto importante, especialmente no momento da pandemia.
A pesquisa demonstra que filhos serão os mais presenteados (61%) e o gasto médio, será de R$ 133,59, valor superior ao do ano passado, em que se registrou R$123,38. A opção de 44% é pelos ovos de páscoa e chocolates, o que possibilitará um dinamismo de R$23,20 milhões.
O levantamento também mostra que uma parcela das famílias comemorará o período de Páscoa (35%), levando a uma movimentação de R$13,21 milhões, valor esse inferior aos R$16,44 milhões do ano passado.
Atrativos como descontos (64%), biossegurança (43%), atendimento e variedade (26%, cada) serão os principais elementos levados em consideração pelos consumidores.
A revisão das estimativas ocorreu entre os dias 26 a 29 de março e contemplou 366 consumidores.
Confira a pesquisa na íntegra: