No último mês de 2021, o índice de famílias endividadas verificado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo em Campo Grande foi de 63,3% contra 59,5% em dezembro de 2020.
Naquele ano, 34,9% informavam estar com contas em atraso e 11,8% que não teriam condições de pagar. Desta vez, 33,6% dos entrevistados reportaram atrasos nos pagamentos, porém 13,3% disseram que não teriam como honrar as dívidas.
“O endividamento não significa inadimplência, mas é preciso estar atento ao crescimento do indicador daqueles que dizem que não terão condições de pagar as dívidas, que acompanha o cenário nacional, como aumento da inflação, juros altos e lenta retomada do mercado de trabalho”, avalia o presidente do Instituto de Pesquisa da Fecomércio-MS, Edison Araújo.
A pesquisa considera dívidas como cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal.
Quanto ao nível de endividamento, os que se declararam muito endividados no último dezembro foram 13,3%; 20,5% falaram que estão mais ou menos endividados e 29,5% pouco endividados.
O cartão de crédito segue como principal meio de endividamento, citado por 67,1%, seguido dos carnês, apontados por 22,5%; financiamento de casa, com 12,9% e financiamento de carro, mais 8%.
Outro indicativo importante é que a maioria dos entrevistados, 41,3%, referem ter dívidas de longo prazo, ou seja, por mais de um ano e 50,1% têm de 11% a 50% da renda comprometidos com dívidas.
Confira o estudo: